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A modernidade líquida como propagador de fronteiras



Texto inspirado na proposta de redação da Fuvest 2009, na qual o tema foi Fronteiras, e possibilitava ao candidato desenvolver o texto abordando tanto o aspecto físico quanto abstrato da palavra. 





Bauman, em "Modernidade Líquida", faz críticas sobre o papel que as redes sociais assumem ao serem ferramentas que tanto aproximam iguais, quanto afastam diferentes. Nessa perspectiva, essas fronteiras psicológicas impedem que mentes divergentes se relacionem, uma vez que desfazer amizades tornou-se tão fácil.

Francisco, logo ao assumir como Papa, concedeu uma entrevista a um ateu. O fato chocou a mídia. Entretanto, em meio a uma sociedade que tanto "veste" rótulos através de movimentos e ideologias, a exemplo do conservadorismo, mostrou que é possível a convivência entre pensadores distintos.

Por um outro lado, a crescente onda do extremismo em escala mundial, e observado tanto em movimentos de esquerda quanto de direita, expande as barreiras para além das redes sociais. As fronteiras então, passam a serem físicas, e o conceito clássico sobre Globalização - resumido pelo contato entre diferentes nações -, tornou-se questionável.

Portanto, as fronteiras psicológicas, nas quais nascem na internet, como proposto por Z. Bauman, tomam proporções maiores através do extremismo, acontecendo em crescente escala, e tornando o caso do membro superior da Igreja Católica Romana como isolado. Assim, a modernidade líquida adquire maiores proporções, e a globalização, perde significado.



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