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Mostrando postagens de maio, 2018

"Dei ouro para o bem do Brasil": A história que não te contaram na escola

"Carol, escreve sobre esse anel!" - Foi dessa forma que Rita Gomes, minha avó, transformou o último Dia das Mães (13/05) em uma aula sobre um dos maiores golpes da história brasileira. O anel em questão contém os dizeres "Dei ouro para o bem do Brasil - 1964" e, embora seja lembrado por aqueles que viveram tal período, pouco é falado sobre o assunto. Inclusive na internet. "Ouro para o bem do Brasil" é o nome dado a campanha que, de acordo com o jornal Estadão, ocorreu em 1964 após a crise política alicerçada pela inflação galopante - termo utilizado para inflação de altas taxas, de forma que a moeda perde valor- , na qual levou as Forças Armadas a promoverem uma quartelada que levou ao poder Castelo Branco. Afirma-se, inclusive, que tal campanha foi utilizada para dar legitimidade e criar uma imagem do primeiro presidente da Ditadura Militar.  A campanha, lançada pelos Diários e Emissoras Associados - grupo de mídia comandado

Do Impressionismo ao Queermuseu

Texto produzido com base no tema de redação da Fuvest 2018 , denominado "Devem existir limites para a arte?", e que apresentava em seus textos de apoio notícias a respeito da exposição Queermuseu, cancelada devido a protestos de grupos religiosos e do Movimento Brasil Livre (MBL).  (Foto: https://veja.abril.com.br/blog/rio-grande-do-sul/veja-imagens-da-exposicao-cancelada-pelo-santander-no-rs/)  Na segunda metade do século XIX, surgiu o movimento que impulsionou as Vanguardas Europeias: o Impressionismo. Muito diferente de retratos fiéis da realidade, esse grupo de artistas fortemente criticados por uma burguesia conservadora, ousavam das cores fortes para enfatizar que não deveriam existir limites para a arte. Tal fato, dois séculos a frente, ainda é necessário ser reafirmado diante de uma classe que insiste em impor regras à criatividade. De regimes democráticos a ditatoriais, a arte é uma forma, por vezes implícita, de apresentar uma perspectiva individual,

Mais-valia

(Foto: https://pxhere.com/pt/photo/641714) Entre pares e pares De pernas De pés No transporte público, Eu me perco. Já não sou público, Sou massa Não me resta mais consciência Apenas o proletariado O estudante O desejo de chegar em casa E se reconhecer Ou reconhecer o jornalista na tv A novela das nove O estímulo-resposta Que esperam da massa Mas massa já não tem tempo para notícia Muito menos para tv Vou então em busca do Facebook Do político Do padre Mas não leve muito tempo Já levam meu tempo demais Pisco Já estou no transporte outra vez mais-valia:  termo utilizado por Karl Marx em alusão ao processo de exploração da mão de obra assalariada que é utilizada na produção de mercadorias.