
Eu não espero te encontrar algum dia com a ausência dos defeitos que costumavam tanto me incomodar, porque talvez eu também mantenha os meus. Talvez percorramos por anos e anos em busca de um amor que fique para somar, que seja tudo aquilo que idealizamos como padrão ideal, mas que ainda tenhamos secretamente dentro de nós a criança mimada que resiste e insiste em estar certa sempre, mesmo depois de tanto se decepcionar.
Talvez viajemos, conheçamos o mundo que temos a nossa frente (vai por mim, ele é enorme!), nos envolvamos em outros abraços, outros beijos, outros ares. Mas que a essência fique, os erros permaneçam. E aí, me arrisco a dizer que isso é o porquê que encontramos para definir a relação que não deu certo.
Mas eu me arrisco a ir além: de fato, não acredito em voltas, não acredito em mudanças bruscas, e bem menos na persistência do erro (mesmo que talvez você não tenha sido um). Mas eu acredito na eternidade dos momentos, mesmo aqueles pequenos.
Eternidade nunca foi um longo período de duração. Eternidade é o tempo ou ação necessária para que algo seja marcado em sua alma e levado com você para o resto da vida. Algumas eternidades duram minutos, horas, outras, anos. E a sua prolongação não faz um momento ser mais importante ou menos que outro. E sim, o quanto isso foi capaz de modificar o seu ser.
Eu não acredito em reconciliações, mas acredito na pequena eternidade dos nossos momentos. E eles já não voltam mais.
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