
Não guardo rancor de você ou de nós pelo ocorrido. Conviver com o rancor é recordar todos os dias o que passou. E bem, agora eu só busco te esquecer. Esquecer o que eu idealizava sobre você, sonhava para nós, e aquilo que era de fato.
É tão estranho o fato como o mundo dá voltas, não? Um dia estamos celebrando algo, e no outro tudo se tornou pó. Ou em outras palavras, fotografias de um antigo álbum. Bem, eu nunca fui tão boa em lidar com mudanças drásticas, sabe disso. Mas eu tenho me esforçado.
Aliás, eu descobri que esforços são mais do que necessários. E ainda melhor: que eles só dependiam de mim para se concretizarem. Então eu me esforcei: me recusei a escutar todas as músicas que de alguma forma lembrassem o passado, eu me permiti conhecer novas pessoas, experimentar novos sabores e ares. Em certos momentos, eu exagerei nas doses. Mas ambos sabemos: erros são necessários para fazermos o certo ao longo do tempo.
A propósito, o tempo não para, e parece ainda mais rápido desde que a vida mudou. E se nem o tempo parou por aqui, quem sou eu para parar por nós? A vida é feita de escolhas, e eu escolhi seguir em frente.
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